Monday, July 02, 2012

Palestina ou Israel–Qual o nome da Terra Santa?

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Durante os últimos séculos, o mundo, inclusive os cristãos, adotou um hábito ruim. Caímos na armadilha de uma antiga propaganda romana. Temos usado o nome “Palestina”, que foi colocado no país de Israel pelo imperador romano Adriano no ano de 135 d.c. Como essa denominação foi usada durante tanto tempo, esse nome se tornou de uso comum. Porém, ele é tão incorreto quanto seria chamarmos a Rússia de hoje de “União Soviética”, ou nos referirmos atualmente a Berlim como “Alemanha Oriental”.

O uso de “Palestina” na atual propaganda política

Está acontecendo agora uma guerra de propaganda política com o termo “Palestina”. Em um dado momento no passado, pode-se afirmar que “Palestina” era uma designação inócua da área do Oriente Médio que é geralmente entendida como a Terra Santa. Durante as últimas décadas, entretanto, o termo “Palestina” foi adotado pelos árabes que moram em Israel para designar a área a oeste do rio Jordão. O termo é usado especificamente para evitar o uso do nome Israel, e deve ser considerado um termo anti-Israel. Em todos os mapas publicados na Jordânia, no Egito, etc., a área a oeste do Rio Jordão é denominada Palestina, sem qualquer referência a Israel. A Palestina é o termo usado agora por aqueles que querem negar a legítima existência de Israel como uma nação genuína dentre a família das nações.

O termo agora adotado pela entidade política dentro de Israel que está gradativamente obtendo mais e mais porções de território através do “processo de paz” é Autoridade Palestina (AP). Embora tenha que tratar diariamente com os documentos oficiais israelenses, a AP odeia usar o termo Israel em qualquer uma de suas comunicações.

Portanto, “Palestina” deve agora ser considerado um termo de propaganda política com implicações maciçamente anti-Israel. A imprensa mundial usa o termo para questionar a legitimidade do Israel moderno. Os cristãos também têm usado o termo Palestina há séculos para se referirem à Terra Santa. Em tempos passados, isso poderia ser desculpado (embora biblicamente questionável) por causa de seu uso comum. Todavia, à luz da atual guerra de propaganda política contra Israel, os cristãos devem reavaliar o termo “Palestina” e considerar se é um termo bíblica, teológica ou profeticamente correto.

O uso bíblico de “Palestina”

palestina_ou_israel01O termo “Palestina”, da forma que foi aplicado à Terra de Israel, foi inventado pelo inveterado inimigo da Bíblia e do povo judeu, o imperador Adriano.

O termo Palestina é raramente usado no Antigo Testamento, e quando é usado, refere-se especificamente à área costeira a sudoeste de Israel ocupada pelos filisteus. É a tradução da palavra hebraica “Pilisheth”. O termo nunca é usado para se referir a toda a área de Israel. Antes que Israel se estabelecesse na terra, seria geralmente correto dizer que a área costeira a sudoeste era denominada Filístia (o Caminho dos Filisteus, ou Palestina), enquanto que as áreas centrais mais altas eram denominadas Canaã. Tanto os cananeus quanto os filisteus haviam desaparecido como povos distintos pela época do cativeiro de Judá em Babilônia (586 a.C.), e já não mais existem.

No Novo Testamento, o termo Palestina não é usado nenhuma vez. O termo Israel é essencialmente usado para se referir ao povo de Israel, em vez de se referir à Terra. Contudo, em pelo menos duas passagens, Israel é usado para se referir à Terra:

“…um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e disse-lhe: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino. Dispôs-se ele, tomou o menino e sua mãe e regressou para a terra de Israel” (Mt 2.20-21).

e

“Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem” (Mt 10.23).

A primeira passagem aconteceu quando José, Maria e Jesus retornaram do Egito para Israel; e a segunda refere-se à proclamação do Evangelho por toda a Terra de Israel. O anjo que falou a José, Mateus e Jesus usam o termo Israel com referência à Terra Santa, embora esse termo não fosse reconhecido pelas autoridades romanas naquela época.

Fica claro, então, que a Bíblia nunca usa o termo Palestina para se referir à Terra Santa como um todo, e que os mapas bíblicos que se referem à Palestina no Antigo e no Novo Testamento são, na melhor das hipóteses, imprecisos, e, na pior das hipóteses, são uma negação consciente do nome bíblico de Israel.

A história do termo “Palestina”

Onde se originou o termo “Palestina”? Como foi que o mundo e a Igreja adotaram o hábito de chamar a terra de Israel de “Palestina”? Um dos guias em nossas turnês a Israel é Zvi Rivai, um israelense cristão messiânico, que já fez consideráveis pesquisas sobre o assunto. Zvi nos informa que, antes do ano 135 d.C., os romanos usavam os termos Judéia e Galiléia para se referir à Terra de Israel. Quando Tito destruiu Jerusalém no ano 70 d.C., o governo romano cunhou uma moeda com a inscrição Iudea Capta, querendo dizer “a Judéia foi capturada”. O termo “Palestina” nunca foi usado nas designações romanas antigas.

Foi apenas quando os romanos aniquilaram a segunda revolta dos judeus contra Roma, liderada por Bar Kochba, em 135 d.C., que o imperador Adriano aplicou o termo “Palestina” à Terra de Israel. Adriano, como muitos ditadores de seu tempo, percebeu o poder da propaganda política dos termos e dos símbolos. Ele substituiu os santuários do Templo Judeu e do Sepulcro de Cristo em Jerusalém por templos a deidades pagãs. Ele mudou o nome de Jerusalém para Aelia Capitolina, e mudou o nome de Israel e da Judéia para Palestina. A escolha do termo Palestina por Adriano foi proposital, não acidental. Ele tomou o nome dos antigos inimigos de Israel, os filisteus, latinizou o termo para Palestina, e aplicou-o à Terra de Israel. Ele esperava apagar o nome de Israel de todas as memórias. Desse modo, o termo “Palestina”, da forma que foi aplicado à Terra de Israel, foi inventado pelo inveterado inimigo da Bíblia e do povo judeu, o imperador Adriano.

É interessante observar que os filisteus originais não eram, de forma nenhuma, do Oriente Médio. Eram povos europeus do Mar Adriático próximo à Grécia. Deve ter dado prazer a Adriano usar esse termo helenista para a terra dos judeus. De qualquer modo, o termo original “palestinos” não tem absolutamente nada a ver com os árabes.

A adoção do termo “Palestina” pelos cristãos

Um dos primeiros usos do termo “Palestina” é encontrado nos trabalhos de Eusébio, o historiador da Igreja, que vivia em Cesaréia. Ele escreveu em torno do ano 300 d.C., uma vez que a perseguição romana aos cristãos estava terminando e o imperador Constantino começava a aceitar o cristianismo como legal. Eusébio não aceitou a designação Aelia Capitolina que Adriano deu a Jerusalém, mas usou o termo “Palestina”. O próprio Eusébio considerava ser um dos bispos da Palestina. Assim, o nome anti-Israel e anticristão de “Palestina” foi assimilado ao vocabulário da Igreja à medida que o Império Bizantino ia sendo estabelecido.

Desde aquela época, a Igreja tem usado amplamente o termo “Palestina” na literatura e nos mapas para se referir à Terra de Israel. Não obstante, deve-se observar que as Cruzadas chamavam sua terra de Reino de Jerusalém. Entretanto, quando os britânicos receberam o mandato, depois da Primeira Guerra Mundial, eles chamavam os dois lados do rio Jordão de Palestina. Esse se tornou um termo geopolítico aceito por várias décadas, e aqueles que viviam naquela terra eram chamados de palestinos, sendo eles judeus, árabes ou europeus.

palestina_ou_israel02Nunca houve uma Palestina na época de Jesus. Esta é uma grave identificação incorreta. Seria algo como olhar um moderno mapa do estado do Texas com o título “O México no Século XX”.

Até mesmo cristãos evangélicos que crêem no futuro de Israel têm usado o termo “Palestina”. No final de muitas bíblias há mapas intitulados “A Palestina no Tempo de Jesus”. Nunca houve uma Palestina na época de Jesus. Esta é uma grave identificação incorreta. Seria algo como olhar um moderno mapa do estado do Texas com o título “O México no Século XX”.

Parece que os cristãos que crêem na Bíblia, seja consciente ou inadvertidamente, têm seguido o mundo, os pagãos e os que odeiam Israel ao chamarem Israel pelo nome anti-Israel de “Palestina”. Esse nome é encontrado em muitos mapas bíblicos, em comentários bíblicos e em livros-texto.

A designação adequada da terra

O uso do termo “Palestina” foi inadequado biblicamente e errado em toda a era da Igreja. Contudo, é mais do que apenas errado, é devastador quando, em nossos dias, o termo “Palestina” é a pedra de esquina da guerra da propaganda política contra Israel e contra o povo judeu. Será que queremos usar termos inventados por aqueles que odeiam a Cristo, a Bíblia e Israel? Será que queremos utilizar termos usados pelos inimigos de Israel que desejam realizar nada menos do que a destruição do povo judeu? Acho que não!

Os cristãos deveriam usar a terminologia da Bíblia sempre que possível. Por que não voltamos aos termos usados no Novo Testamento? Os escritores dos Evangelhos usaram o termo “Israel” para se referirem à Terra Santa. Por que deveríamos usar qualquer outro termo quando nos referimos à Terra Santa, especialmente agora que os judeus estão de volta a ela e se restabeleceram como a nação de Israel dentre a família das nações?

À medida que nos aproximamos da Segunda Vinda de Cristo, devemos entender que a fúria de Satanás contra a Igreja e contra Israel irá crescer exponencialmente. Satanás odeia o Evangelho do Messias crucificado e ressurreto, e odeia a realidade da restauração de Israel como nação que finalmente receberá Jesus como Messias em Seu retorno, e a nação que será o quartel-general terreno de Cristo. O único termo que devemos usar para a Terra Santa é Israel, ou suas subdivisões: Judéia, Samaria e Galiléia. Deveríamos empreender todos os esforços para remover o termo “Palestina” de nossos mapas bíblicos e de nossos livros-texto, e usar apenas termos bíblicos com referência à Terra Santa de Israel. (Thomas S. McCall, Th.D. - Pre-Trib Research Center -http://www.beth-shalom.com.br)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, março de 2011.

Tuesday, August 21, 2007

Dinheiro: Será que realmente confiamos em Elohim?

De Paul William Roberts e Syd Kessler

Ninguém tem muita certeza sobre a origem do antigo ditado "O dinheiro é a raiz de todo o mal"; assim como ninguém pode dizer, com certeza, como e porque o porco - um símbolo de impureza para judeus, muçulmanos e membros de diversas outras crenças e seitas - virou o cofrinho da poupança.

Porém é indiscutível que tanto um quanto o outro são, ou certamente foram, identificados com um folclore anti-semita relacionado com a avareza judaica. Mas assim como outro axioma constantemente citado, que diz que "o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe totalmente", ambos devem suas origens - na melhor das hipóteses - a verdades parciais. E uma verdade parcial não é de fato uma verdade. A verdade é absoluta. A idéia de que o dinheiro é mal ou impuro tem suas raízes no profundo desrespeito a ele - e é esse mesmo desrespeito que, ironicamente, pode levar a sua efetiva impureza e ao seu uso para propósitos malignos. Uma coisa não pode ser inerentemente boa ou má; é o uso que fazemos dela que pode associá-la a ações justas ou injustas. O dinheiro real – e com isto quero me referir ao dinheiro não corrompido – merece nosso respeito, por várias razões espirituais, além das diversas razões materiais.

Na verdade o dinheiro é uma forma poderosa de energia e, assim como a eletricidade ou a energia nuclear, é capaz de causar danos terríveis, assim como pode trazer benefícios. O mesmo dinheiro que alimentará uma aldeia africana por uma semana, também poderá ser usado para comprar explosivos suficientes para mutilar, deformar ou matar um número igual de pessoas. Este é um poder realmente impressionante. E um poder assim sempre vem com regras. Nenhum adulto em estado de perfeita sanidade quebraria de forma consciente as leis para o uso da eletricidade – alguém ou alguma coisa poder sofrer um dano. Embora as regras fundamentais para o uso da eletricidade sejam amplamente conhecidas e respeitadas por todos, as que se referem ao uso do dinheiro não são.

Para os sábios a pobreza era, senão a raiz de todo o mal, mas com certeza, a pior coisa do universo. "Se toda a dor e todo o sofrimento deste mundo,” lemos no Midrash (Êxodo Raba 31:14), “fossem postos em um prato da balança e a pobreza em outro, o prato da pobreza pesaria mais". Embora a pobreza contenha tanto elementos naturais quanto humanos, ela é diretamente associada ao dinheiro, no sentido de que o dinheiro pode aliviá-la. Esta é a razão pela qual os sábios desenvolveram "yishuv olam", o conceito de um esforço para "ordenar o mundo". Ele tem suas origens em Gênesis 2:15, onde é atribuída à humanidade a tarefa de "cultivar e proteger" a terra. Este conceito exige que nos esforcemos continuamente para melhorar a qualidade de vida geral, ao mesmo tempo mantendo com o mundo uma relação escrupulosamente honesta.

Criar abundância sem provocar escassez não é somente muito difícil., é também um princípio que se estende do universo físico para o espiritual. Pois a toda ação tem reação correspondente igual e contrária. O que vai, volta. É muito melhor viver com o essencial do que, na tentativa de gerar uma abundância, provocar escassez para alguma outra pessoa. Como diz um ditado budista: "Aquele que aprende que o suficiente é suficiente sempre terá o suficiente".

Aqueles que ainda pensam - como uma cultura consumista nos insta a pensar - que demais é o suficiente, deveriam lembrar de uma história do Êxodo. Quando os hebreus estão vagando pelo deserto sem comida eram alimentados, eles se vêem alimentados diariamente pela maná que cai milagrosamente do céu; porém, quando resolvem guardar mais da maná do que realmente precisam, não somente essa maná excedente apodrece e se torna não-comestível, mas eles também descobrem que o próprio meio ambiente reage, tornando-se ainda menos propenso a produzir as necessidades vitais. É uma parábola tão profundamente relevante hoje – se não muito mais, e em diversos níveis – como era há 3000 anos.

Conta-se uma história sobre um rabino muito justo a quem foi permitido visitar o purgatório e o paraíso. Primeiro ele foi levado ao purgatório onde se deparou com pessoas sofrendo de tal maneira como ele nunca havia visto ou mesmo imaginado. Seus gritos horríveis ecoavam pelo ar e feriam seus ouvidos mas, quando se aproximou, o rabino viu, surpreso, que as pessoas estavam sentadas diante de uma mesa onde havia o mais suntuoso e sofisticado banquete. Os talheres eram de prata, a louça de finíssima porcelana e nos pratos estava servida a comida mais deliciosa. O rabino simplesmente não conseguia compreender porque pessoas naquela situação poderiam parecer estar sofrendo tão horrivelmente, até que se aproximou mais e percebeu que seus cotovelos estavam invertidos, o que impedia que dobrassem os braços e levassem a comida da mesa até suas bocas.

Em seguida, o rabino foi levado ao paraíso, onde - antes mesmo de poder ver alguma coisa - ouviu risadas e sentiu uma atmosfera de alegria e celebração. Mas, para sua imensa surpresa, ele viu exatamente a mesma cena do purgatório, com as pessoas sentadas diante de uma mesa luxuosamente servida com a mesma comida deliciosa. Na verdade era tudo idêntico - inclusive os cotovelos invertidos - à exceção de um pequeno detalhe: aqui cada pessoa levava a comida da mesa à boca de quem estava sentado ao seu lado.

Nestas duas imagens estranhas reside uma verdade poderosa, na realidade a maior de todas as verdades. A diferença entre uma vida egoísta e uma vida justa, entre o bem e o mal, está em pensar no nosso semelhante antes de pensarmos em nós mesmos. Porque com esta atitude nossas maiores necessidades são simultaneamente atendidas.

Este é um aspecto do conceito cabalístico de Restrição, que se aplica tanto para a iluminação divina como para colocar o pão na mesa. Para que a busca do conhecimento espiritual seja ativa - em oposição a uma dádiva passiva - o Criador escondeu Sua Verdade para que pudéssemos, através de nossos esforços, descobri-la. Em outra analogia, o copo deve estar vazio antes de poder receber o néctar. Da mesma forma, se verdadeiramente desejamos receber o que é genuinamente nosso numa área de ganho, material ou espiritual, devemos nos voltar para dentro e não para fora. Devemos nos esvaziar completamente de nossos desejos. Só então eles serão plenamente satisfeitos. Como ensinam os arqueiros Zen: uma pessoa acerta o centro do alvo não através da sua vontade de acertá-lo, mas sim realizando corretamente todas as ações e procedimentos que levam a permitir que a flecha voe. Desta maneira, os mestres arqueiros podem atingir o centro do alvo de olhos vendados, à noite, e a 200 metros de distância do alvo.

Isto é tão verdadeiro no mundo dos negócios como em qualquer outro mundo. Por que o que é o dinheiro senão o símbolo de um acordo que não teria valor se não tivesse o consentimento mútuo de todas as partes envolvidas numa transação? Goethe descreve a arquitetura como "música congelada"; para os sábios o dinheiro é "trabalho congelado". Representa a realidade de todos os elementos envolvidos para criar o que o dinheiro compra - a mão-de-obra, o intelecto, a matéria prima, etc. - e, portanto, deve ser tratado com o mesmo respeito que esses fatores mereceriam se estivessem visivelmente presentes. O mundo inteiro pode então ser visto como um Mercado onde, sem regras, haveria um pandemônio, um termo originalmente usado pelo poeta John Milton para designar o reino dos demônios.

O único princípio controlador que poderia estar por trás deste conjunto de regras - seja para o enriquecimento material ou o espiritual - é o conceito de tzedaká. Freqüentemente traduzido para o português como caridade, seu verdadeiro significado está mais próximo da palavra justiça, que em hebraico é tzedek. Embora o Cristianismo, o Islã e o Judaísmo discordem, em seus respectivos credos, sobre a suprema importância do amor ou da justiça, não é preciso dizer que se você ama seu vizinho você o trata com justiça. Tampouco tzedaká é apenas um conceito para guiar as ações no Mercado; ele denota uma atividade que deve ser posta em prática diariamente, com entusiasmo e criatividade. Isto não tem nada a ver com entregar o dízimo, no final do ano, para obras de caridade pois, pois embora muitos repitam o ditado "Dar é bem melhor do que receber", poucos parecem ter descoberto que, de fato, dar é muito melhor. De fato essa alegria é tão profunda que muitos sábios consideravam um grande privilégio ter a possibilidade de dar desinteressadamente.

Uma vez Reb Shmelke descobriu que não tinha dinheiro para dar a um mendigo que pedia esmolas. Imediatamente foi ao armário da esposa, apanhou o anel preferido dela e entregou-o ao pobre senhor. Quando a esposa do reb voltou e descobriu o que acontecera começou a chorar. "Aquele anel valia mais do que 50 talentos", reclamou, exigindo que o reb imediatamente corresse atrás do mendigo. Ele correu o mais que pôde até finalmente alcançar o velho mendigo. Ofegante o reb agarrou-o pelo braço e disse: "Ouça! Acabei de saber que o anel que lhe dei vale mais do que 50 talentos! Não se deixe enganar se alguém quiser lhe dar por ele menos do que isso!“

O mundo do reb, o mundo de tzedaká, parece bizarro quando comparado com o mundo material, o reino da limitação. No entanto, o reb na verdade está fazendo o que as escrituras recomendam: guardando as riquezas "onde as traças e a ferrugem não possam estragá-las". Aqui, Restrição e tzedaká são exatamente a mesma coisa; na verdade, não devem ser vistas separadamente, como qualquer ensinamento, pois são parte de um sistema complexo, um motor espiritual que puxa os vagões do trem material em direção à dissolvente luz da Verdade.

A importância cabalística de tzedaká é provavelmente mais bem exemplificada no exercício das hierarquias feito pelo Rabino Yehuda no Midrash Tanhuma examinando os diferentes receptores de poder deste mundo: A pedra é dura, mas o ferro a corta. O ferro é rígido, mas o fogo o derrete. O fogo é poderoso, mas a água o apaga. A água é pesada, mas as nuvens a carregam. As nuvens são fortes, mas o vento as dispersa. O vento é forte, mas o corpo resiste a ele. O corpo é forte, mas o medo o destrói. O medo é forte, mas o vinho o afasta. O vinho é forte, mas o sono o domina. A morte é mais poderosa do que qualquer um destes, mas a tzedaká a redime.

A morte aqui representa a forma mais abstrata de não-transação, que é redimida pela tzedaká, que é ela mesma o ideal perfeito de transação – em outras palavras, a vida vivida até seu potencial máximo. Este potencial só pode ser realizado quando todas as nossas responsabilidades são completamente compreendidas.

Talvez a melhor maneira de entendermos as responsabilidades inerentes ao dinheiro seja considerá-lo - como muitos dos rabinos ensinam - como algo emprestado, que não nos pertence. Desta forma, em algum momento teremos que prestar contas de cada centavo. E, assim como nada que seja realmente nosso possa ser tirado de nós, da mesma forma não podemos ficar com algo que não é nosso por direito. Os contratempos financeiros, assim como as heranças inesperadas podem parecer algo diferente sob esta luz.

E, em última análise, o que é realmente nosso? Nossa resposta poderia ser que tendemos a falar que temos uma alma, quando na realidade temos um corpo, mas somos uma alma - e sendo assim, temos que agir como tal. A era messiânica - a Era Dourada, em vez da atual era do ouro - estará aqui, então, num piscar de olhos. Porque a injustiça na verdade é a raiz e o resultado de todos os males.


Wednesday, May 03, 2006

Minha Vida é um Tesouro

Diz a lenda que certa vez um homem caminhava pela praia numa noite
de lua cheia.
Pensava desta forma:
"Se tivesse um carro novo, seria feliz"
"Se tivesse uma casa grande, seria feliz"
"Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz"
"Se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz"
Nesse momento, tropeçou com uma sacolinha cheia de pedras e começou
jogá-las uma a uma no mar cada vez que dizia: "Seria feliz se
tivesse..."
Assim o fez até que somente ficou com uma pedrinha na sacolinha,
que decidiu guardá-la.
Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha tratava-se de um
diamante muito valioso.
Você imagina quantos diamantes jogou ao mar sem parar para pensar?
Quantos de nós vivemos jogando nossos preciosos tesouros por estar
esperando o que acreditamos ser perfeito ou sonhando e desejando o
que não temos, sem dar valor ao que temos "perto de nós".
Olha ao seu redor, e, se você parar para observar perceberás quão
afortunado você é.
Muito perto de ti está tua felicidade. Observa a pedrinha, que pode
ser um diamante valioso.
Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso,
valioso e insubstituível.
Depende de ti aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para
nunca mais recuperá-lo.

Friday, April 21, 2006

"A Pascoa Cristã"



É lamentável que o autor do referido artigo seja tão pronto em condenar o tal evangelho gnóstico de Judas, e em seguida fale da "Páscoa Cristã". Ele até que está certo em condenar o sensacionalismo em torno do referido manuscrito, porém, chaverim, "Páscoa Cristã" não existe!

O que temos é uma festa dedicada à deusa da fertilidade que Constantino e seus comparsas adotaram para "diferenciarem o deus de Roma do Elohim dos judeus."

Curiosamente, a chamada "Páscoa cristã" é na realidade uma festa pagã dedicada à deusa da fertilidade (Ishtar ou Eostre), tida como a rainha dos Céus (soa familiar? Leia o que a Bíblia diz sobre essa suposta "rainha dos céus"). Em suma, uma afronta a YHWH.

Saiamos da Babilônia, Efrayim!

Shabat shalom

Leia a torah em seu idioma original.



Pra que Dizer a verdade?????


Vocês ficariam admirados com a quantidade de líderes de congregações que conhecem a verdade acerca da teshuvá (ou pelo menos de parte da mesma) mas não dão o passo necessário (ou às vezes até retrocedem) por medo de desagradar aos homens.

Já fomos procurados por líderes de grandes denominações, seminaristas,teólogos, etc. Mas, normalmente o papo é sempre o mesmo: "Como encontrar um meio termo? O que fazer para falar a verdade sem esvaziar as igrejas?" Nessas horas, devemos dizer: "Mi la YHWH elai!" Quem for YHWH que venha conosco. Não há meio-termo no Reino: ou estamos nEle ou não estamos.

Sefer Baruch


Traduzido por Sha'ul Bentsion
Texto Base: Septuaginta
Referências: Douay-Rheims Bible, The Jerusalem Bible, e New American Bible

Capítulo 1
1 Agora estas são as palavras do pergaminho que Baruch, filho de Neriyah, filho de
Machseyah, filho de Tsidkiyah, filho de Hassadiyah, filho de Hilkiyahu, escreveu em Bavel
2 no quinto ano, no sétimo dia do mês, no momento em que os caldeus tomaram
Yerushalayim e a queimaram com fogo.
3 E Baruch leu as palavras deste pergaminho para Yechoniyah, filho de Yehoyakim, rei de Yehudá, para ouvi-lo, bem como a todo o povo que viera para a leitura:
4 os nobres, os filhos do reis, os anciãos, e todo o povo, tanto os pequenos quanto os grandes – todos os que viviam em Bavel à margem do rio Sud.
5 Eles prantearam e jejuaram e oraram perante YHWH,
6 e arrecadaram fundos de acordo com o que cada um podia fornecer.
7 Estes [fundos] enviaram a Yerushalayim, a Yehoyakim, filho de Hilkiyahu, filho de
Shalum, o cohen, e aos cohanim e a todo o povo que estava com ele em Yerushalayim.
8 (Isto foi quando ele recebeu os vasos da casa de YHWH que haviam sido removidos do
Beit HaMicdash, para as devolver-lhes à terra de Yehudá, no décimo dia de Sivan. Estes vasos de prata Tsidkiyah, filho de Yoshiyahu, rei de Yehudá, havia feito
9 após Nevuchadnetsar, rei de Bavel, tomar a Yechoniyah, e aos príncipes, e aos
trabalhadores hábeis, e aos nobres, e ao povo da terra de Yerushalayim, como cativos, e os trazer a Bavel)
10 Sua mensagem era: nós lhes enviamos fundos, através dos quais vocês devem obter
holocaustos, ofertas para o pecado, e olíbano, e preparar ofertas de cereais. Ofereçam estes no altar de YHWH nosso Elohim,
11 e orem pela vida de Nevuchadnetsar, rei de Bavel, e pela de Belshatsar, seu filho, para que a duração suas vidas se igualem à duração dos céus acima da terra;
12 e que YHWH possa nos dar força, e luz para nossos olhos, para que possamos viver sob a sombra protetora de Nevuchadnetsar, rei de Bavel, e sob a [sombra] de Belshatsar, a seu filho, e [para que possamos] servir-lhes por muito tempo, encontrando graça em seus olhos.
13 Orem também a YHWH, nosso Elohim, por nós, pois nós pecamos contra YHWH,
nosso Elohim, e a ira e a raiva de YHWH ainda não foram removidas de sobre nós até o dia de hoje.
14 E leiam publicamente este pergaminho que nós lhes enviamos, na casa de YHWH, no
dia da festa e durante os dias de assembléia:
15 A justiça está com YHWH, nosso Elohim; e hoje nós estamos vermelhos de vergonha,
nós homens de Yehudá e cidadãos de Yerushalayim,
16 pois nós, com nossos reis e governantes e cohanim e profetas, e com nossos pais,
17 pecamos aos olhos de YHWH
18 e Lhe desobedecemos. Nós não demos ouvidos à voz de YHWH, nosso Elohim, nem
seguimos os preceitos que YHWH pôs adiante de nós.
19 Do momento em que YHWH conduziu nossos pais para fora da terra de Egito até o dia
de hoje, nós fomos desobedientes a YHWH, nosso Elohim, apenas negligenciando de
prontidão a Sua voz.
20 E os males e a maldição que YHWH prescreveu a Moshe, seu servo, no momento em
que conduziu nossos pais para fora da terra de Egito para nos dar a terra que emana leite e mel, se prendem a nós até hoje.
21 Pois nós não demos ouvidos à voz de YHWH, nosso Elohim, em todas as palavras dos
profetas que Ele nos enviou,
22 mas cada um de nós saiu a perseguir os desejos de nossos próprios corações maus, e a servir a outros deuses, e a fazer o mal aos olhos de YHWH, nosso Elohim.
Capítulo 2
1 E YHWH cumpriu o alerta que havia professado contra nós: contra nossos juizes, que
governaram Israel, contra nossos reis e príncipes, e contra os homens de Israel e de Yehudá.
2 E fez cair sobre nós males tão grandes de modo que o [mal] que foi feito em
Yerushalayim nunca fora feito em qualquer lugar sob o céu - conforme fora escrito na Torá de Moshe:
3 que cada um de nós comeria a carne de seu filho ou de sua filha.
4 Ele nos sujeitou a todos os reinos ao nosso redor: uma reprimenda e um horror entre
todas as nações ao nosso redor, através das quais YHWH nos dispersou.
5 Estamos humilhados, não exaltados, porque pecamos contra YHWH, nosso Elohim, não
dando ouvidos à Sua voz.
6 A justiça está com YHWH, nosso Elohim; e nós, tal como nossos pais, estamos
vermelhos de vergonha até hoje.
7 Todos os males sobre os quais YHWH nos advertira vieram sobre nós:
8 e nós não suplicamos perante YHWH, nem fizemos teshuvá, cada qual dos produtos de
seu coração maligno.
9 E YHWH observou os males, e os trouxe à origem, até nós. Pois YHWH é justo em
todas as obras que nos ordenou que fizéssemos,10 mas nós não demos ouvidos à Sua voz, nem seguimos os preceitos que YHWH pôs adiante de nós.
11 E agora, YHWH, Elohim de Israel, Tu que conduziste Teu povo a sair da terra de Egito com sua mão poderosa, com sinais e maravilhas e grande poder, e com Seu braço erguido, de modo que engrandeceste Teu Nome até o dia de hoje:
12 nós pecamos, fomos ímpios, e violamos, ó YHWH nosso Elohim, todos os Seus
estatutos.
13 Que a Tua raiva seja removida de nós, porque sobraram poucos de nós em número
dentre as nações dentre as quais Tu nos dispersaste.
14 Ouve, ó YHWH, a nossa oração de súplica, e livra-nos por causa de Ti: concede-nos
graça na presença de nossos captores,
15 para que toda a terra saiba que Tu és YHWH, nosso Elohim, e que Israel e seus
descendentes carregam o Teu Nome.
16 ó YHWH, olha para baixo de Tua Santa Morada e lembra-Te de nós; volte, ó YHWH, o
Teu ouvido para ouvir-nos.
17 Olhe diretamente para nós, e eis que não são os mortos no mundo inferior, cujos
espíritos foram removidos deles, que darão glória e defenderão a YHWH.
18 Aquele cuja a alma é afligida profundamente, que anda encurvado e fraco, com os olhos falhando e a alma faminta, declarará a Tua glória e justiça, YHWH!
19 Nossa súplica por misericórdia aos teus olhos, ó YHWH, nosso Elohim, não se baseia
nas obras justas de nossos pais e de nossos reis.
20 Tu fizeste descer a Tua ira e raiva sobre nós, pois Tu tinhas nos advertido através de Teus servos, os profetas:
21 Assim diz YHWH: Dobrem os seus ombros ao serviço do rei de Bavel, para que possam
continuar na terra que Eu dei seus pais:
22 pois se vocês não ouvirem a voz de YHWH para servirem ao rei de Bavel,
23 Eu farei cessar das cidades de Yehudá e das ruas de Yerushalayim os sons da alegria e os sons de júbilo, a voz do noivo e a voz da noiva; E toda a terra ficará deserta, sem habitantes.'
24 Mas nós não demos ouvidos à Tua voz, nem servimos ao rei de Bavel, e Tu cumpriste as ameaças que Tu tinhas feito através de Teus servos os profetas, de fazer sair de suas sepulturas os ossos de nossos reis e os ossos de nossos pais.
25 E de fato eles encontram-se expostos ao calor do dia e à geada da noite. Morreram em angústia terrível, pela fome e pela espada e pela praga.
26 e Tu reduziste a Casa que carrega Teu Nome ao que é hoje, porque o Reino de Israel e o Reino de Yehudá transgrediram a Torá.
27 Mas conosco, ó YHWH, nosso Elohim, Tu lidaste com toda a Tua graça e em toda a Tua
grande misericórdia.
28 Este foi o alerta que deste através de Teu servo Moshe, no dia em que Tu ordenaste a ele que escrevesse Tua Torá na presença dos israelitas:
29 Se vocês não derem ouvidos à Minha voz, certamente esta grande e numerosa multidão
será consumida dentre as nações através das quais Eu a dispersarei.
30 Pois Eu sei que eles não me darão ouvidos, porque são povo de dura cerviz. Mas na terra de seu cativeiro eles terão uma mudança de coração;
31 Eles saberão que Eu, YHWH, sou Seu Elohim. Eu lhes darei corações e orelhas atentas;
32 E eles me louvarão da terra de seu cativeiro, e invocarão Meu Nome.
33 Então farão teshuvá de sua teimosia de dura cerviz, e de suas obras malignas, porque recordarão o destino de seus pais que pecaram perante YHWH.
34 E Eu os trarei de volta à terra que com meu juramento prometi a seus pais, a Avraham, a Yitschak e a Ya'akov; e eles a governarão. E Eu os farei multiplicar, e eles não mais diminuirão.
35 E Eu estabelecerei com eles uma aliança eterna: Eu serei Seu Elohim, e serão meu povo; e Eu não mais removerei meu povo Israel da terra que Eu lhes dei.
Capítulo 3
1 YHWH Shadai, Elohim de Israel, almas afligitas espíritos desanimados clamam a Ti.
2 Ouve, ó YHWH, pois Tu és Elohim misericordioso; e tende misericórdia de nós, que
pecamos contra Ti.
3 Pois Tu estás entronizado para sempre, enquanto nós estamos perecendo para sempre.
4 Ó YHWH Shadai, Elohim de Israel, ouve a oração dos poucos de Israel, filhos daqueles que pecaram contra Ti. Eles não deram ouvidos à voz de YHWH, seu Elohim, e os males se prendem a nós.
5 Não Te lembres neste momento das obras ruins de nossos pais, mas da Tua própria mão e Nome:
6 Pois Tu és YHWH nosso Elohim; e a Ti, ó YHWH, louvaremos!
7 Para isso, Tu puseste em nossos corações temor de Ti: a fim de que possamos clamar o Teu Nome, e louvá-Lo de nosso cativeiro, quando tivermos renunciado em nossos corações toda a transgressão de nossos pais à Torá, pois eles pecaram contra Ti.
8 Eis que hoje estamos em nosso cativeiro, onde Tu nos dispersaste em reprimenda, em
maldição e em pagamento por todas as obras malignas de nossos pais, que se afastaram de YHWH, nosso Elohim.
9 Ouve, ó Israel, as mitsvot da vida: escute, e conheça a prudência!
10 Como é, Israel, que você está na terra de seus inimigos, envelhecido em uma terra
estrangeira, contaminado pelos mortos,
11 contado dentre aqueles que são destinados ao mundo inferior?
12 Você abandonou a fonte da sabedoria!
13 Se você tivesse andado no caminho de Elohim, residiria em shalom duradouro.
14 Aprenda onde está a prudência, onde está a força, onde está a compreensão. Que você possa saber também onde estão o comprimento dos dias e a vida, onde estão a luz dos olhos e o shalom.
15 Quem encontrou o lugar da sabedoria? Quem entrou em suas salas de tesouro?
16 Onde estão os governantes das nações – aqueles que tinham domínio sobre as bestas
selvagens da terra
17 e faziam esporte com as aves dos céus; eles que acumulavam a prata e o ouro nos quais
os homens confiam, cujas posses não tinham fim?
18 Eles tramavam ansiosamente pelo dinheiro, mas não há nenhum traço de sua obra:
19 Eles desapareceram, descendo o mundo inferior, e outros se levantaram no lugar deles.
20 As gerações posteriores viram a luz, residiram na terra, mas conheceram o caminho da sabedoria.
21 Não perceberam seus percursos, nem alcançaram-na. Sua descendência estava longe do
caminho que leva a ela.
22 Ela não foi ouvida em Kena’an, nem foi vista em Teman.
23 Os filhos de Hagar que procuram o conhecimento na terra, os comerciantes de Midian e de Teman, os trovadores que procuram o conhecimento, estes não conheceram o caminho
da sabedoria, nem têm em mente os seus percursos.
24 Ó Israel, quão grande é a Casa de Elohim, e quão grande a amplitude de Seu domínio:
25 Vasto e infinito, exaltado e incomensurável!
26 Nele nasceram os primeiros gigantes de renome, robustos e hábeis na guerra.
27 Nem a esses escolheu Elohim, nem lhes deu o caminho da sabedoria;
28 Eles pereceram por falta de prudência; pereceram por sua própria insensatez.
29 Quem foi até os céus e a tomou, ou a fez descer das nuvens?
30 Quem cruzou o mar e a encontrou, carregando-a ao invés do melhor do ouro?
31 Ninguém conhece o caminho até ela, nem compreendeu os seus percursos.
32 Contudo Aquele que conhece todas as coisas a conhece. Ele a sondou por Seu
conhecimento; Aquele que estabeleceu a terra por todo o tempo, e encheu-a de bestas
quadrúpedes.
33 Aquele que despede a luz, e ela se vai. Ele a chama, e ela o obedece com tremor;
34 Aquele perante o qual todas as estrelas em suas posições brilham e rejubilam;
35 Quando Ele as chama, elas respondem, Aqui estamos! - brilhando com alegria pelo seu Criador.
36 Assim é o nosso Elohim, e nenhum outro se compara a Ele:
37 Ele traçou todo o caminho da sabedoria, e a deu a Ya’akov, seu servo, e a Israel, Seu filho amado.
38 Desde então ela tem aparecido na terra, e andado entre os homens.
Capítulo 4
1 Ela é o livro dos preceitos de Elohim, a Torá que resiste para sempre. Todos que se
apegam a ela viverão, mas aqueles que a abandonarem perecerão.
2 Faça teshuvá, ó Ya’akov, e receba-a: caminhe pela Sua luz em direção ao esplendor.
3 Não dê glória a outro, nem seus privilégios a um povo estrangeiro.
4 Benditos somos nós, ó Israel, pois conhecemos aquilo que agrada a Elohim!
5 Não tema, meu povo! Lembre-se, Israel
6 Vocês foram vendido às nações não para sua destruição. Foi por terem irritado a Elohim que vocês foram entregue a seus inimigos.
7 Pois vocês provocaram o Criador de vocês, com sacrifícios a demônios e a deuses
inexistentes;
8 Vocês abandonaram o Elohim Eterno os alimentou, e entristeceram a Yerushalayim que
os acolhera.
9 Certamente ela viu vir sobre vocês a ira de Elohim e disse: Ouçam, vizinhos de Tsion! Elohim trouxe grande pranto sobre mim!
10 Pois eu vi o cativeiro que o Elohim Eterno trouxe sobre meus filhos e filhas.
11 Com alegria eu os acolhera; mas com pranto e lamento eu os deixei ir.
12 Que ninguém zombe de mim, uma viúva, privada de muitos. Pelos pecados de meus
filhos eu fui deixada desolada, porque se desviaram da Torá de Elohim,
13 e não reconheceu seus estatutos; Nos caminhos das mitsvot de Elohim eles não andaram,nem pisam percursos retos de Sua justiça.
14 Que vizinhos de Tsion venham, e tomem nota do cativeiro de meus filhos e filhas,
trazido sobre deles pelo Elohim Eterno.
15 Ele trouxe contra eles uma nação distante, uma nação implacável e de língua estrangeira, o qual não respeita a idade avançada nem tem ternura pela infância.
16 Eles levaram os filhos estimados desta viúva; deixaram-me solitária, sem filhas.
17 Que posso eu fazer para lhes ajudar?
18 Aquele que trouxe este mal sobre vocês deve Ele próprio livrá-los das mãos de seus
inimigos.
19 Adeus, meus filhos, adeus: Eu fui deixada desolada.
20 Eu removi as vestes do shalom, e vesti pano-de-saco para a minha oração de súplica, e enquanto eu viver, clamarei ao Elohim Eterno.
21 Não temam, meus filhos. Invoquem a Elohim, e Ele os livrará da opressão das mãos
inimigas.
22 Eu confiei o bem-estar de vocês ao Elohim Eterno, e júbilo me veio do Sagrado por
causa da misericórdia que os alcançará rapidamente vinda de seu Salvador Eterno.
23 Com pranto e lamento eu os fiz partir, mas Elohim os restituirá a mim com alegria e júbilo.
24 Assim como os vizinhos de Tsion recentemente viram vocês sendo tomados cativos,
assim [também] eles logo verão a salvação de Elohim vir a vocês, com grande glória e com o esplendor do Elohim Eterno.
25 Meus filhos, suportem pacientemente a ira que lhes sobreveio de Elohim. Seus inimigos os perseguiram, e vocês logo verão a destruição deles e pisotearão os seus pescoços.
26 Meus filhos bem-cuidados pisaram em estradas ásperas, carregados por seus inimigos
como ovelhas em uma incursão.
27 Não temam, meus filhos, chamem por Elohim! Aquele que trouxe isto sobre vocês se
recordará de vocês.
28 Assim como seus corações estavam dispostos a se desviarem de Elohim, façam teshuvá
agora dez vezes mais, para buscá-Lo.
29 Pois Aquele que trouxe desastre sobre vocês [também] lhes salvará, trazendo-lhes de volta em júbilo duradouro.
30 Não tema, Yerushalayim! Aquele que lhe deu seu nome é seu encorajamento.
31 Temíveis são aqueles que te feriram, e que se alegraram com sua queda.
32 Temíveis são as cidades onde teus filhos foram escravizados. Temível é a cidade que levou teus filhos.
33 Assim como essa cidade se alegrou em teu colapso, e regozijou em tua queda, assim
também ela pranteará a sua própria desolação.
34 Eu removerei dela suas multidões alegres, e a sua exultação se tornará em pranto.
35 Pois fogo virá sobre ela do Elohim Eterno, por muito tempo, e os demônios residirão nela daquele dia em diante.
36 Olhe para o leste, Yerushalayim! Eis que a alegria lhe vem de Elohim.
37 Aqui vêm os seus filhos que você certa vez deixara partir, reajuntados desde o leste e do oeste, pela Palavra do Sagrado, regozijando-se na glória de Elohim.
Capítulo 5
1 Yerushalayim, tira as suas vestes de pranto e de tristeza. Vista eternamente o esplendor da glória de Elohim.
2 Envolta na capa da justiça de Elohim, leve sobre sua cabeça a insígnia que exibe a glória do Nome Eterno.
3 Pois Elohim mostrará a toda a terra o seu esplendor:
4 Ser-lhe-á nomeado por Elohim eternamente o shalom da justiça, e a glória da adoração a Elohim.
5 Levanta-te, Yerushalayim! Põe-te nas alturas! Olha para o leste e veja os teus filhos reajuntados do leste e do oeste pela Palavra do Sagrado, regozijando por terem sido lembrados por Elohim.
6 Conduzidos à pé por seus inimigos, eles te deixaram: mas Elohim lhes trará de volta a ti, carregados no alto em glória, como em tronos reais.
7 Pois Elohim ordenou que toda montanha elevada fosse tornada baixa e que as
profundezas e abismos da antiguidade fossem preenchidos até o nível do chão, para que
Israel possa avançar em segurança na glória de Elohim.
8 As florestas e todo tipo de árvore perfumada fizeram sombra para Israel sob o comando de Elohim;
9 Pois Elohim está conduzindo a Israel em alegria pela luz da Sua glória, com sua
misericórdia e justiça como companhia.

Bíblia Hebraica


Sucesso de crítica e vendas: já são quase 10.000 exemplares vendidos em apenas 6 meses!

Apresenta a tradução para o português da Bíblia diretamente do hebraico e à luz do Talmud e das fontes judaicas.

São 880 páginas em papel Scritta branco 44 gr. (o que dá uma espessura de apenas 3 cm) e capa dura de luxo.

* * *

Os livros que compõem a BÍBLIA HEBRAICA são:

Torá
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio

Profetas
Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Os Doze (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Mihá [Miquéias], Nahum, Habacuc, Tsefaniá [Sofonias], Hagai [Ageu], Zacarias e Malaquias)

Escritos
Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Ezra- Neemias e Crônicas

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Inédito, um Tanach em português!
por Bernardo Lerer

Jairo Fridlin, da Editora Sêfer, já pode respirar aliviado: dois anos depois de iniciada, está pronta a primeira edição completa do Tanach, isto é, a Bíblia judaica, em português. Ele realiza "um sonho antigo, pois os judeus falam português há pelo menos mil anos e a única versão do Tanach numa língua próxima da nossa é de 1553, editada em Ferrara, na Itália, mas em ladino. Os judeus não tinham autorização para traduzi-la para o português", conta Jairo, que editou dezenas de livros de oração, de reflexão, para crianças, leis sobre cashrut, etc.

A versão em português do Tanach terá 880 páginas, capa dura de luxo e uma lombada de apenas dois centímetros e meio, porque empregou-se o chamado papel bíblia, cuja folha pesa apenas 44 gramas. O livro é uma obra coletiva. Ele o traduziu junto com David Gorodovits, do Rio, e teve a revisão técnico-religiosa dos rabinos Marcelo Borer, Daniel Touitou e Saul Paves, e dos professores Norma e Ruben Rosenberg, Daniel Presman e Marcel Berditchevsky.

O livro vai se destinar aos alunos das escolas judaicas e ao público em geral. A seguir, entrevista com Jairo Fridlin:

Quais as novidades desta edição?
A maior, sem dúvida, é seu "jeito" judaico, baseado e influenciado pela visão do sábios do Talmud e nas demais fontes judaicas dos últimos 2.000 anos. O uso dos nomes hebraicos - tanto dos personagens como dos lugares - torna o conjunto da obra mais interessante, porque usamos o "ben" para indicar a filiação (ex.: Avner, filho de Ner, virou Avner ben Ner). Quanto aos lugares, é possível entender onde que se passa pois esses pontos são visíveis no mapa hoje. Na grafia, usamos o H sublinhado para representar as letras Chet e Chaf, ao invés do tradicional CH. Acredito que o resultado seja bom. O público vai decidir. Embora seja apresentada convencionalmente, em capítulos e versículos - cuja origem não é judaica, mas teve que ser "oficializada" devidos aos recorrentes debates inter-religiosos da Idade Média -, tentamos demonstrar como é a divisão judaica para evita desmembramentos e descontextualizações de alguns textos. Apresentamos também aquelas "aberturas" que aparecem no textos hebraicos. Ficamos devendo a inclusão de todo o texto em hebraico. Isso fica para a próxima.
Agora, em relação às outras traduções em português, o que mais a distingue é que nenhuma delas foi feita diretamente do hebraico, idioma original da Bíblia. O que ninguém discute e é um fato.

Quais as grandes dificuldades encontradas para a tradução?
Ao não inserir notas de rodapé, tivemos de decidir entre as diferentes opções de tradução de algumas palavras, bem como optar por um dos tantos e ricos caminhos exegéticos. Às vezes, seguimos a opinião de Rashi, outras a de Nachmânides, outras de um terceiro, e assim sucessivamente. Mas sempre apoiados em alguma opinião rabínica, e de preferência, a que melhor se articulava com o texto em si, a que damos o nome de "peshuto shel hamicrá".

Que cuidados tiveram com a tradução?
Em primeiro lugar, a clareza - para os jovens estudantes entenderem o que o texto diz. Nesse ponto, sacrificamos várias palavras - por si só corretas e precisas - por outras mais conhecidas e compreensíveis. Educadores constituíam o grupo de trabalho para dar uma forte conotação educativa à obra.
Segundo, tentamos inserir no texto algo aparentemente abstrato mas cuja ausência é possível sentir em outras traduções: o olhar judaico, o gosto judaico, o som judaico; o estilo judaico, enfim.
Além disso, tentamos extrair do texto certas influências externas que se incorporaram a ele, às vezes intencionalmente, o que o distanciava do original. Um exemplo é traduzir Shabat por "dia de descanso", que amanhã poderia vir a ser o domingo... ou traduzir a palavra Toráh apenas como Lei, quando sabemos que ela é muito, muito mais que isso.
Raramente, e entre parênteses, inserimos palavras que complementam o texto, ou que o comentam, ou que identificam determinados personagens a que o texto faz referência. Isso poderá evitar que certas passagens sejam relacionadas a quem não de direito. Nos Profetas maiores e particularmente em alguns dos Escritos, não nos prendemos mais do que o necessário à letra do texto mas tentamos captar e transmitir sua mensagem de forma bem clara, como anteriormente na edição do livro dos Salmos. Nossa intenção é que o leitor se emocione com o texto, vibre e se envolva com a leitura. Neste caso, a tradução literal e "burocrática" seria um erro.

De que fontes se valeram para a tradução?
Primeiro, baseamo-nos na versão em hebraico do Tanach conhecida como "Kéter Aram Tsová" (ou Alepo), reconhecida como a mais fiel e autêntica, e que remonta à época de Maimônides.
Consultamos traduções para o inglês, espanhol, francês - e mesmo português - como fontes de comparação e apoio, mas no apoiamos principalmente nos comentaristas clássicos do Tanach , conforme relacionado no livro, mencionando até a época em que viveram.

Por que uma tradução para o português?
Porque havia essa carência e, em algum momento, alguém teria de fazê-la. O Tanach é a base de todo o "edifício" do judaísmo. Todos os demais livros se relacionam a ele. E é triste e doloroso constatar que poucos de nós tivemos a oportunidade de conhecê-lo. Eu mesmo, no início de meus estudos, sofri para entender muitas passagens. Talvez agora, disponível uma tradução judaica para o português, mais pessoas se interessem em conhecer e estudá-lo com a profundidade que ele merece!

Qual o significado desta obra?
Para mim, é a maior de todas e tantas contribuições judaicas para a Humanidade. Ela é a ponte que poderá tornar o mundo uma grande família de povos e, à luz de seus ensinamentos, aprenderá, um dia, a se respeitar e a viver de forma harmônica e em paz, como nos ensina aquela famosa profecia do lobo e do cordeiro, de Isaías. Ela é o livro mais importante da cultura judaica e o que mais profundamente influenciou a civilização ocidental. Graças a ela, nos deram, aos judeus, o título honorífico e o devido respeito por sermos "o povo do livro". Pois devemos assumir esta condição, também em português.

O texto foi traduzido na ordem direta, ou tal como se lê no original?
Onde possível, tentamos colocar na ordem direta. Ao invés de "E falou o Eterno a Moisés", adotamos o "E o Eterno falou a Moisés". Mas em trechos dos Profetas e dos Escritos, o estilo do texto exigia que mantivéssemos a forma indireta.

Quem já se mostrou interessado nela?
Primeiramente, as escolas judaicas; creio que logo as famílias judaicas também se interessarão por uma obra tão importante e fundamental para a identidade judaica. O público não-judaico também está ansioso por conhecer a forma como nós, judeus, lemos e entendemos a Bíblia.

Existe a possibilidade de ela vir a ser distribuída nos países de fala portuguesa?
Existe, e vamos tentar fazer isso o mais breve possível.

A edição inclui a exegese do texto bíblico?
Apenas parcialmente, pois não existe tradução sem exegese. Em outras palavras, a própria tradução é, em certa medida, uma exegese. Editora Sefer

SHMIRAT HALASHON (guardar a língua)


Os humanos são feitos de terra. Qualquer ser humano pode ser reduzido a um pequeno monte de minerais e elementos da terra. Ainda assim, esta entidade aparentemente insignificante tem uma função sublime – ela age como um recipiente da neshamá (alma), a faísca Divina com a qual D’us imbuiu o homem. A boca é a interseção desta essência física e espiritual. Ela conduz a essência Divina do homem no mundo físico, sob a forma das palavras que diz.
A capacidade de falar é uma ponte entre o ser humano físico, que pertence à Terra, e o ser espiritual. Ela dá ao homem a capacidade de ativar o seu eu espiritual.

Quando HaShem pegou o pó da terra, formou o homem e lhe infundiu uma alma Divina, ELE criou uma criatura singular que dentro dela contivesse tanto o espiritual, quanto o físico. Essa é a dualidade que dota o homem com o livre arbítrio. Se ele ficasse limitado estritamente ao mundo físico, não teria mais livre-arbítrio que os animais. E se estivesse conectado unicamente ao mundo espiritual, não teria mais livre-arbítrio que os anjos. Como o homem vive em ambos os mundos, ele tem a capacidade de escolha. Por conseguinte, a boca, onde esses dois mundos se cruzam, é onde o livre-arbítrio fica evidente com maior clareza.
Quando uma pessoa escolhe utilizar esse poder da palavra de forma insensata, a escolha que ela está fazendo não é simplesmente entre falar lashon hará ou exercer o autocontrole. É uma questão de exercer o seu eu Divino, ou o seu eu terreno.

A palavra também tem outro poder terrível, que é literalmente, o de redefinir a realidade. Os pensamentos existem numa esfera separada, privada. Após ter sido articulado, o pensamento deixa de ser um assunto privado. Ele se torna um item na agenda do mundo – algo com o qual se pode concordar ou discordar, demonstrado, ou desmentido; ouvido ou ignorado.

Uma pessoa pode trabalhar lado a lado com outra, durante anos, e durante esse tempo todo, alimentar o pensamento de que seu colega é “chato”. Durante todos esses anos, o pensamento não tem o poder de afetar nada, nem ninguém, além da pessoa que o pensa. De repente, um dia, esta pessoa participa de uma conversa com um terceiro colega, e lhe oferece a sua opinião sobre o outro homem, como sendo um “chato”. No instante em que esse pensamento é liberado para o mundo, ele dá o ponto de partida para um caminho da destruição. Agora, a atenção de outra pessoa foi chamada para os modos deste homem supostamente “chato”. Ela perde um pouco de respeito por ele, identificando-o como menos competente, e um pouco menos atraente como ser humano. Inevitavelmente, esta nova avaliação afeta o relacionamento dos dois. Ela cria um preconceito na mente da terceira pessoa, que está confirmará, toda vez que a pessoa “chata” fizer ou dizer alguma coisa. E pode ir muito além. Essa terceira pessoa poderá compartilhar sua recém descoberta com outras pessoas, alterando as percepções delas também e nem sequer é necessário que elas acreditem no que estão ouvindo, pois vai penetrando no subconsciente colorindo suas futuras avaliações do comportamento dessa pessoa.

As nossas palavras têm um impacto profundo no Céu também, e os nossos sábios afirmam que as palavras proferidas aqui na Terra são as ferramentas através das quais uma acusação é formulada perante o tribunal Divino.
Satã, o adversário, sempre está pronto com a sua acusação, mas ele precisa de uma segunda testemunha para iniciar o processo judicial.... (ou... processo de destruição). HaShem concedeu ao Seu povo o poder de agir como testemunha e dessa forma participar da abertura de um caso contra uma outra pessoa. Lashon Hará (maledicência) tem o efeito drástico de transformar uma pessoa na testemunha que confirma a Satã. A pessoa que fala lashon hará alimenta a satã com o que ele precisa para começar a acusação. As palavras que Satã emprega ao fazer a sua acusação, são as palavras que uma pessoa falou contra outra pessoa. Portanto, falar lashon hará não apenas inicia um processo contra uma pessoa, como também, literalmente, coloca palavras acusatórias na boca de Satã.
HaShem concedeu a Satã um poder acusatório ainda maior. Tendo cumprido as exigências para iniciar o processo, ele domina a situação. A partir daí, ele tem a capacidade de conduzir um julgamento livre dos últimos atos do acusado, a pessoa que falou lashon hará, e do ouvinte também. Isso porque o Tribunal Divino funciona com base no princípio de midá kenegued midá (medida por medida), uma forma perfeita de justiça. Este sistema de justiça determina o que a pessoa que falou lashon hará causou a outra pessoa, e volta para ela em igual medida.

Nosso Mashiach Yeshua disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também”. (Mateus 7:1-2)

Verdadeiramente "a morte e a vida estão no poder da lingua" Provérbios 18:21. Precisamos apenas nos conscientizar disso para identificarmos se o que em nós habita são as fontes da vida ou os laços da morte!

BARUCH HASHEM !!

YHWH = Nome único e Sacrosanto do Elohim de Israel
Morashah significa Herança Espiritual
Shlama significa Paz
Shlama rakhmaohy = A Paz Irmãos
Todah Rabah = Muito Obrigado
Laila Tov = Boa Tarde
Boker Tov = Bom dia
Ani ohev otach = eu amo você - do homem para a mulher
Ani ohevet otcha = eu amo você - da mulher para o homem
Teshuvah = Arrependimento e retorno ao Elohim de Israel